

O caminho, contudo, continuava e rapidamente nos conduziu até uma outra baia. Uma praia com um grande areal, um mar azul tranquilo espelhava-se diante de nós. A meio da praia um ribeiro adormecia e entregava-se ao mar… mas caprichosamente apenas na maré alta. Graças a isso, quando olhávamos para o interior observavam-se os primeiros caniçais, e mais adiante um pequeno paul. O caminho levava-nos para fora da praia e conduzia a um monte. Nesse monte a coroa-lo estavam as ruínas. Os nossos antepassados escolheram bem o sítio. O monte é nada mais nada menos que uma pequena península, cujo istmo está a 70 metros de altura e despenha-se em duas pequenas “calas” (uma a norte e outra a sul), assim o único ponto de acesso é pela quase ponte, bom para a defesa. A proximidade do paul e de um ribeiro fornecia agua, peixe e terra… inteligentes os tipos.
A partir daqui, o caminho continuava sempre ao lado do mar, agora subíamos e descíamos colinas que se despenhavam no mar e formavam as calas (praias minúsculas), sempre acompanhados pelos pinheiros e carvalhos. O mar azul e calmo ouvia-se mais no topo do que lá em baixo, uma nuvem tapou o sol e reparámos que as sombras estavam mais longas, era tempo de regressar. O caminho continuava, adivinhamos que até quase França e a França fomos…